Originalidade nos jogos. Onde está?
"Continuamos comprando os mesmos jogos em capas diferentes..."
Olá pessoal! Acredito que além de trazer notícias, reviews, dicas e tudo mais, é papel do CheckPoint promover a discussão, uma análise sobre os aspectos que envolvem a indústria de games. Para isso, criamos uma seção de artigos aqui no blog, onde você poderá encontrar todas as discussões e dissertações sobre o assunto. Será a exposição das minhas opiniões, do meu ponto de vista sobre os mais variados tópicos. Espero que vocês participem na seção de comentários, é sempre bom interagirmos. Se tiver possuir um ponto de vista e gostaria de expor aqui no CheckPoint, é só entrar em contato que teremos o prazer em postá-lo. Enfim, vamos ao que interessa.
Com a chegada da nova geração de consoles e games, penso que é válido propor uma discussão que sempre está rondando o mundo do entretenimento, incluindo a indústria de games: falta de originalidade. Estou sinceramente cansado de ver remakes após remakes de jogos que já estouraram sua vida útil. Sua fórmula já se esgotou mas o jogo continua nas prateleiras, vendendo o mesmo título com capas diferentes. Mas por que isso acontece? E por que continuamos comprando o mesmo jogo então?
Infelizmente, as companhias, não exclusivamente de jogos, são extremamente eficientes em usar a criação de um indivíduo e transformá-lo em um ícone. Uma pequena ideia, um simples enredo que deveria durar no máximo um jogo é transformado em uma sequência de 4 jogos. Através de inúmeros remakes, pequenas variações e mudanças insignificantes no gameplay , eles conseguem criar novos jogos, novas sequências gerando cada vez mais receita, sendo que em sua essência, a história é praticamente a mesma. Agora, entenda, não é nossa intenção que você ache que não devem haver continuações no mundo dos games, não é isso.
O problema é que as empresas fazem uso excessivo de uma só ideia, de uma só história, chegando ao ponto de usá-lo tanto que torna-se um tema clichê. Um bom exemplo são os jogos envolvendo "zumbis" e a sobrevivência decorrente deste ambiente. Pessoalmente, eu sou grande fã deste tipo de jogo, especialmente quando envolve emocionalmente o jogador à história, como The Walking Dead da Telltale fez brilhantemente. Mas tantos jogos deste gênero já foram lançados que a ideia está desgastada, perdeu-se a originalidade. Para um título se destacar neste meio, ele tem que ter algo a mais. Uma pitada de originalidade como The Walking Dead trouxe. Com uma história envolvente, um enredo complexo, conseguiu destaque.
Não cometer o mesmo erro de The Walking Dead: Survival Instinct, que achou que só por abordar a sobrevivência zumbi teria sucesso. Você pode criar jogos de gêneros batidos mas que o seu jogo tenha algo que os outros não tem. Originalidade é o que difere grandes jogos de bons jogos. Perdoe me mas eu acredito que é melhor falhar sendo original do que ter sucesso imitando e repetindo. Então, concluindo, na atual conjuntura da indústria de games, onde a originalidade está em falta, não é crime pegar uma ideia já utilizada várias vezes. Mas se você tem interesse em fazer um jogo de destaque, traga algo de novo neste game. É a única maneira de não cair na armadilha da repetição.
Bom galera, é isso, tenho interesse em fazer uma segunda parte deste tópico, não quis expor todas minhas ideias para não criar um texto muito longo. Comentamos hoje a originalidade entre games da mesma franquia, sequências no caso, ou do mesmo gênero. Na parte 2, trataremos sobre a questão de pegar uma ideia básica já utilizada e abordá-la de maneira diferente. O que não deixa de ser original.
Até mais, Alessandro Costa, dono do CheckPoint.
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